Recomeçando Desventuras em Série.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Je suis le Roi.

Seria tão mais feli assim..eu adoraria ser simples e completo..
Hoje o dia foi infernal. Minha sina é ter férias ridiculamente chatas. Hoje eu ia descer no shopping pra da um alô pro Levi, e pra ver como que anda o mundo. Só que eu desci apé, e o calôr do carambas me fez desistir de ir até o shopping, então fiquei por aqui na vó mesmo. Os meninos chegara, odeio quando eles ficam juntos, e um acabo de bate a boca na cama...
Amanhã de manhã vou ter qeu enfrentar fila no banco pra pagar negocio da minha mae...odeio ser filho de professora, preferia ter uma mãe que beija as amigas no teatro, hãn hãn Isabela xP...
Quero ir pro Rio, embora odeio praia, quero ir pra lá..e quero desenhar mais também, ontem a noite fiz um desenho coolzinho...
okok.
Teh mais
=-D
Tolos na Corrida.
Tolos na corrida, nos arriscamos até onde os homens sábios nunca chegaram, mas os sábios nunca se apaixonam, como poderiam saber o que sofremos?
Quando nos conhecemos, eu senti minha vida começar, eu senti minhah emoções explodirem. Então abra seu coração e deixe este tolo correr dentro dele.
Tolos na corrida, quando nos sentimos perto. É tão bonito quando te vejo sorrir, e tão grandioso quando te sinto tão perto. Minha Glória, Minha Ruína.
Chegamos até o último ponto, ates de explodirmos, nos deixamos perder pelo coração.
Tolos na corrida, nos consumimmos pelo sorrizo, nos deixamos levar pelas promessas. Quando nos vimos, me senti explodir, como o sol há bilhõs de anos atráz.
Somos, os dois, como tolos na corrida, nos arriscando até o final, mas com medo de nos perdemos...Abra o seu coração, e deixe este tolo correr dentro de você.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Trabalho de História.
Revolução Francesa de 1793.
Nome: Pedro de Freitas Pereira Paiva Nº25 8ªA.
Escola: E.E. Profº Carlos Alberto de Oliveira.
Professora: Elaine.
O Absolutismo Francês.
O início do processo de centralização política na França remonta ao período dos capetíngios, na Baixa Idade Média, tendo-se acelerado depois da Guerra dos Cem Anos, com a dinastia seguinte, a dos Valois. O apogeu do absolutismo, entretanto, só se configuraria com a dinastia dos Boubons.
Na época dos Valois, o cenário político francês foi dominado pelas “guerras de religião”, destacadamente durante o século XVI, dificultando a completa centralização política. Burgueses, nobres e populares, uns sobre bandeira protestante e outros sob a católica, disputavam espaços na sociedade e na política, envolvendo os próprios soberanos Valois. Além das questões religiosas, católicos e protestantes discordavam quanto a limitar ou apoiar as prerrogativas do Rei e quanto a manter ou conquistar liberdades.
Durante o governo de Calos IX, acirrou-se a luta entre católicos e huguenotes. A facção católica liderada pela família Guise, que tinha apoio de Catarina de Médicis, mãe do Rei, e a huguenote dirigida pelos Bourbons colocaram em confronto a nobreza católica defensora dos antigos privilégios feudais e a burguesia mercantil calvinista. O ponto máximo dessa luta foi a Noite de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572, em que foram massacrados milhares de huguenotes.
Dois anos depois, com a morte de Carlos IX, subiu ao trono o seu irmão Henrique III, que governou até 1589. Durante seu governo, o católico Henrique de Guise disputou a hegemonia política com o próprio Rei Henrique III, que era apoiado pelo protestante Henrique de Navarra Bourbon, casado com sua irmã Margarida de Valois. Essas disputas, conhecida como a Guerra dos Três Henriques, terminariam com o assassinato de Henrique Guise e a vitória de Henrique de Navarra, definido como herdeiro e sucessor de Henrique III. Começava a dinastia Boubon, durante a qual o absolutismo francês alcançaria seu auge.
A Dinastia Boubon.
Henrique de Navarra, protestante, teve de enfrentar a oposição dos católicos para ser coroado Rei da França. Os conflitos armados estenderam-se por todo o país e Henrique e seus adeptos conseguiram tomar Paris. Contudo, os católicos obtiveram ajuda militar de Felipe II da Espanha, e Henrique teve de abandonar a capital, sofrendo sucessivas derrotas.
Buscando compor-se com os católicos e conseguir transformar-se no Rei dos franceses, Henrique abandonou o protestantismo, proferindo a frase “Paris bem vale uma missa”. As portas de Paris foram abertas a Henrique e ele subiu ao trono da França, em 1589, com o título de Henrique IV, reinando até 1610.
Em 1598, para encerrar a quase secular divergência religiosa na França, promulgou o Edito de Nantes, que concedia total liberdade de culto aos protestantes. Com a pacificação do país, foi possível a consolidação do absolutismo na França.
Após a morte de Henrique IV, assume o poder, aos nove anos de idade Luís XIII. Ficando a regência nas mãos de sua mãe, Maria de Médicis. Em 1612 foi convocado pela ultima vez até a Revolução Francesa de 1789, o Parlamento, chamado de Estados Gerais, o que indicaria que os Borbouns, absolutistas por excelência, dispensavam as interferências dos deputados dos Estados Gerais.
Durante o reinado de Luís XIII, destacou-se a situação do ministro de Estado Cardeal Richelieu. Buscando enfraquecer a influência política da nobreza, cassou direitos dos que se opunham ao Rei, chegando mesmo a atacar seus castelos. De outro lado, possibilitou o acesso da burguesia a cargos da administração pública e, apesar de garantir a liberdade religiosa, perseguiu protestantes, limitando seu poderio.
No plano internacional, a ação de Richelieu também foi marcante, tornando a França uma das grandes potências européias da época. Preocupado com o poderio da dinastia Habsburgo, que nos séculos XVI e XVII reinava na Espanha, no Sacro Império, na Holanda e em alguns reinos italianos, Richelieu levou a França a intervir na Guerra dos Trinta Anos. Esse conflito começara com disputas religiosas no Sacro Império Romano-Germânico e acabou por desdobrar-se num confronto entre as dinastias dos Habsburgos e a dos Boubons, que visava à hegemonia política na Europa. Defrontaram-se católicos Habsburgos (Áustria e Espanha) e protestantes da Boêmia, Dinamarca, Suécia, Holanda e principados alemães. A França interveio na guerra lutando contra os católicos a fim de enfraquecer os Habsburgos.
A guerra terminou em 1648, já no reinado de Luís XIV, com a vitória da França, que impôs aos Habsburgos a Paz de Vestfália. Com a vitória, a França recebia as províncias de Alsácia e Lorena, além dos bispados de Metz, Toul e Verdun.
O apogeu do absolutismo francês se deu no reinado de Luís XIV, o Rei Sol, que assumiu o trono ainda criança, tendo como ministro o Cardeal Mazarino. Aplicando com eficiente política centralizadora, Mazarino eliminou as frondas, associações de nobres e burgueses, opositoras do absolutismo e especialmente revoltadas com os crescentes tributos baixados pelo Estado, para recuperar o tesouro público francês, após a Guerra dos Trinta Anos. A vitória de Mazarino representou o fim da última ameaça à consolidação do absolutismo, e a partir de 1660, quando Luís XIV assumiu pessoalmente o comando político da França, passou a aplicar a sua máxima “L’Etat c’est moi” (“ O Estado sou eu”).
Após a morte de Mazarino , em 1664, Luís XIV entregou o ministério das finanças a Jean-Baptiste Colbert, que desenvolveu a base mercantilista do absolutismo francês. O mercantilismo de Colbert, além de fazer prosperar a burguesia, dotou o governo de recursos que garantiam seu poderio. Promoveu-se, assim, o desenvolvimento das manufaturas e da navegação, além de conquistas territoriais na Ásia e na América, criando-se companhias de comércio incentivadas pela Coroa.
Espelhando a grandiosidade econômica política do Estado, Luís XIV transferiu sua corte (perto de seis mil pessoas) para Versailles, um grande conjunto arquitetônico construído entre 1661 e 1674, que atraiu as atenções de toda a Europa.
O século XVII, época de Luís XIV, foi um período de grande efervescência cultural na França, destacando-se importantes pensadores e artistas como Descartes (Penso, logo existo), Pascal (Tratado Sobre as Potências Numéricas), La Fontaine (A Cigarra e a Formiga), Racine (Phedra) e Molière (O Avarento).
Na política externa, buscando garantir sua hegemonia territorial, Luis XIV envolveu a França em confrontos militares que abalaram as finanças do Estado. Para solucionar suas dificuldades financeiras, mantinha a política de aumento de impostos, descontentando a burguesia e atraindo críticas e oposição.
Em 1685, fiel ao seu caráter despótico e fundamentado no principio “um Rei, uma Lei, uma Fé”, Luís XIV reformulou a política religiosa nacional, revogando o Edito de Nantes. A perseguição religiosa desencadeada levou milhares de huguenotes, em geral burgueses, a emigrar, arruinando a economia mercantil e abrindo espaço às primeiras críticas ao regime absolutista.
A supremacia francesa na Europa começava a se fragmentar, dando lugar à hegemonia inglesa. Esse processo acelerou-se durante os governos de Luís XV e de Luís XVI, nos quais a asfixia financeira do Estado e da Nação agravou-se, devido aos gastos excessivos da Corte, aos ilimitados impostos sobre a burguesia e a população e aos fracassos militares.
A Guerra dos Sete Anos e a Guerra de Independência dos Estados Unidos ajudaram acelerar a decadência do Estado absoluto francês. Na Guerra dos Sete Anos, a França enfrentou a Inglaterra disputando o mercado europeu e áreas coloniais, derrotada, perdeu o Canadá e a índia. Mais tarde, o dispendioso apoio à vitoriosa Guerra de Independência dos Estados Unidos contra a Inglaterra aprofundou as dificuldades econômicas do Estado Francês. Assim, após Luís XIV, o absolutismo francês foi perdendo sua força, e pouco a pouco surgiram às condições para a eclosão da Revolução Francesa de 1789, que demoliria o Antigo Regime na França.
A Revolução Francesa.
A Revolução Francesa é comumente considerada uma prova definitiva da maturidade burguesa, pois, com a queda do absolutismo e a tomado do poder político pela burguesia, sepultaram-se os últimos entraves ao capitalismo. No século XVIII, na França, a burguesia já liderava as finanças, o comércio, a indústria, enfim, todas as atividades centrais do capitalismo. Por outro lado, seu desenvolvimento ainda encontrava obstáculos em elementos feudais remanescentes como a estrutura tradicional de propriedade e de produção, os tributos, corvéia e talha, e, principalmente, a servidão. Competia à burguesia eliminar essas barreiras para que sua sobrevivência e predomínio fossem garantidos. Entretanto esses entraves e privilégios feudais apoiavam-se na ordem política do Antigo Regime, e sua eliminação implicava derrubar toda a estrutura do Estado moderno, que só seria possível com medidas radicais.
Para agravar ainda mais a situação, a França contava, na época, com um grande crescimento demográfico, que exigia correspondente crescimento econômico. Some-se a isso a pequena produção agrícola decorrente dos entraves feudais à produtividade, agravada ainda mais por fenômenos climáticos, causando acentuada elevação no preço do pão, tornando-o quase proibitivo à população de baixa renda. A miséria e a fome alastravam-se pela França, enquanto a nobreza que, que contava com cerca de quatrocentos mil privilegiados, negava-se a admitir qualquer mudança, formando a chamada reação feudal.
A burguesia soube, entretanto, assumir as insatisfações do período e, liderando os diversos grupos sociais que surgiam, transformou-se na vanguarda que tornou possível derrubar as estruturas políticas vigentes. Durante o processo revolucionário, quando grupos radicais, como os liderados por Marat e Robenspierre, ameaçaram a hegemonia da burguesia, esta imprimiu novos rumos a seus objetivos, solidificando a sua predominância e efetivando suas conquistas
A burguesia da Revolução Francesa sentia-se como a locomotiva impulsionando toda a nação, e via a Revolução como algo para todo o povo e não apenas para o burguês: “Os burgueses franceses de 1789 afirmavam que a libertação da burguesia era a emancipação de toda a humanidade”, Karl Marx e Friedrich Engels.
Principais Causas da Revolução.
O absolutismo de Luís XVI ainda de alicerçava na teoria do direito divino dos reis: governava sem nenhum empecilho à sua autoridade e, para se ter uma idéia, a Assembléia dos Estados Gerais não era convocada desde 1614. Essa situação, contudo, não mais se adequava à sociedade, e o poder real era criticado por muitos, que o viam como o principal responsável pelas dificuldades por que o povo passava.
Como as finanças do Estado confundiam-se com as do rei, a desordem administrativa, os gastos monumentais com a manutenção da luxuosa e opulenta corte de Versailles e os enormes custos das diversas guerras dos Boubons levaram a França a uma insolúvel crise financeira. A Guerra dos Sete Anos e a da Independência dos Estados Unidos, além de acarretarem gastos elevados, comprometeram todo o império colonial francês. Sua dívida externa, que chegava a 5 bilhões de libras, correspondia ao dobro de todo o meio circulante. Com tais dificuldades financeiras, o Estado impunha tributos, adotava medidas fiscais e comerciais, buscando receita orçamentária e prejudicando os negócios capitalistas.
Foi em meio a esse quadro financeiro que, em 1786, a França assinou com a Inglaterra um ruinoso tratado comercial, o Tratado Eden-Rayneval, que permitia a entrada do vinho francês com baixas tarifas alfandegárias no mercado inglês, mas, em contrapartida, fazia o mesmo com os tecidos ingleses no mercado francês. Esse tratado afetou profundamente a indústria manufatureira francesa, ativando os ânimos da burguesia contra o Estado.
A ascensão econômica da burguesia esbarrava, ainda, nos regulamentos, proibições e taxações ditadas pelo Estado Absoluto. Assim, tornava-se imperativo eliminar a política mercantilista para que houvesse o progresso capitalista apregoado pelos fisiocratas e teóricos liberais.
Embora o papel econômico da burguesia fosse essencial para o Estado, ela não tinha influência política e era marginalizada socialmente, devido à organização estamental da sociedade francesa. O Clero, dividido em Alto Clero, constituído por cardeais, bispos, arcebispos, todos de origem nobre, e Baixo Clero, padres, frades, de origem pobre, esta Primeira Ordem estava isenta de qualquer tributação. A Nobreza, possuidora de privilégios judiciários e fiscais, dividia-se em Nobreza de Sangue, composta por nobres de origem feudal, aristocrática (palaciana, cortesã e provincial) e Nobreza de Toga, composta por pessoas provenientes da burguesia, que obtiveram o título de nobreza por compra ou mérito. Essas duas ordens, estados ou estamentos compreendiam cerca de quinhentas mil pessoas, numa população total de 25 milhões.
A Terceira Ordem, o Povo, sustentava com tributos toda a estrutura administrativa, as forças armadas e os privilégios, especialmente os da luxuosa corte francesa. Compunha-se de formas bastante heterogênea: Burguesia, dividida em Alta Burguesia (banqueiros, industriais e comerciantes), Média Burguesia (profissionais liberais e funcionários públicos) e Baixa Burguesia (pequenos comerciantes); e Camadas Populares (artesãos, operários, sans-culottes, camponeses e servos). Os camponeses e servos representavam 20 dos 25 milhões de habitantes da França.
Toda essa situação foi denunciada pelos filósofos iluministas, “os filósofos da razão”, que mostravam a inadequação da estrutura sociopolítica à economia, transformando o iluminismo na bandeira ideológica da Revolução.
O Início da Revolução.
A França dos anos 80 do século XVIII vivia um crescente agravamento das condições socioeconômicas, que culminava em revoltas cada vez mais violentas nas cidades e no campo, na capital e nas províncias.
A partir de 1786, com a concorrência dos produtos industriais ingleses, surgiu uma onda de falências, acompanhada de desemprego e queda de salários, arruinando o comércio nacional. Ao mesmo tempo, fenômenos climáticos comprometiam a agricultura, elevando os preços de produtos essenciais e fomentando a insatisfação geral.
Às crises econômicas juntavam-se as políticas, com sucessivas demissões de ministros, que tinham seus projetos reformistas barrados pela intransigência aristocrática, como aconteceu com Turgot, Brienne e também Calonne. Este último chegou a convocar a nobreza e o clero para contribuírem no pagamento de impostos, na Assembléia de Notáveis. A atitude de Calonne provocou a reação feudal, provocando não só a recusa, mas também a indignação da aristocracia. Muitas províncias, em que a nobreza era mais forte, revoltarem-se, chegando a sugerir uma “revolução” aristocrática.
Embora a nobreza, ou grande parte dela, defendesse limites à autoridade real, chegando mesmo a encampar a idéia do respeito à liberdade individual, era intransigente na manutenção dos seus privilégios, não admitindo perder tradicionais direitos feudais para sanear a crise socioeconômica nacional. Não desejavam revolucionar a ordem vigente, e sim sobreviver a ela sem perder seus privilégios.
Frente ao agravamento da crise política, Calonne demitiu-se. Pressionado pela crise, Luís XVI nomeou Necker para o ministério, que confirmou a convocação dos Estados Gerais para maio de 1789.
A nobreza confiava no controle do parlamento, pois teria a maioria de votos se fosse preservada a tradicional votação por Estado (Clero, um voto; Nobreza, um voto; Povo, um voto), já que o clero e a nobreza compartilhavam dos mesmos interesses. A nobreza só não contou com o potencial revolucionário do Terceiro Estado, que exigiu a participação dos Estados Gerais de um número de deputados compatível com sua representação. O Primeiro Estado ficou com 291 deputados, o Segundo com 270 e o Terceiro com 578. A 5 de maio de 1789, quando se abriu a sessão dos Estados Gerais no palácio de Versailles, os interesses antagônicos dos grupos sociais ali representados entraram em conflito.
Os representantes do Terceiro Estado exigiram a votação individual, pois, com o apoio de aproximadamente 290 deputados do baixo clero de da nobreza togada, alcançariam a maioria na Assembléia dos Estados Gerais. Diante da impossibilidade de conciliar tais interesses, Luís XVI tentou dissolver os Estados Gerais, impedindo a entrada dos deputados na sala de sessões. Os representantes do Terceiro Estado rebelaram-se e invadiram a sala de jogo de péla (espécie de tênis em quadra coberta), jurando que seus membros não se separariam enquanto não tivessem dado a França uma constituição. A 9 de julho, juntamente com muitos deputados do baixo clero, declararam-se em Assembléia Nacional Constituinte. Os ânimos se exaltavam e aumentavam as propostas de tomar armas.
Luís XVI tentou reunir forças para enfrentar a Assembléia, mas a demissão de Necker em 11 de julho, e a nomeação do conservador Barão de Bretevil precipitaram os acontecimentos.
Criou-se a Guarda Nacional, uma milícia burguesa encarregada de resistir ao Rei e liderar a população civil, que começou a se armar. No dia 14 de julho, a multidão invadiu o Arsenal dos Inválidos à procura de munição, e em seguida a fortaleza da Bastilha, onde eram encarcerados os inimigos da realeza. Foi o estopim da rebelião, que se alastrou de Paris para o resto da França. No campo, onde os privilégios da aristocracia eram mais gritantes, os camponeses chegaram a invadir e incendiar castelos e a massacrar elementos da nobreza, num período que ficou conhecido como Grande Medo.
As Etapas da Revolução
Assembléia Nacional.
Na primeira fase, chamada de Fase da Assembléia Nacional, destacou-se a atuação da burguesia nas cidades e dos camponeses no interior, estes destituindo autoridades e nobres de seus castelos e repartições, muitas vezes matando e incendiando, e aquela lutando por conquistas sociais e políticas nas ruas e na Assembléia.
Em Paris, aprovou-se, na Assembléia dos Estados Gerais, a abolição dos privilégios feudais, numa tentativa de restabelecer a ordem dirigindo a insatisfação apenas contra os restos do feudalismo. Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, estabelecendo a igualdade de todos perante a lei, o direito a propriedade privada e de resistência à opressão.
Voltando-se para os privilégios do clero e diante da crise econômica, a Assembléia Nacional determinou o confisco de bens da Igreja, utilizando-os como lastro para a emissão de uma nova moeda, os assignats. Ao mesmo tempo, os padres passavam a subordinar-se ao Estado, servindo como funcionários públicos. Essas decisões foram efetivadas com a aprovação da Constituição Civil do Clero (julho de 1790). Diante dos acontecimentos, o Papa Pio VI condenou a Revolução, originando na França a divisão do clero em juramento, composto pelos que aceitavam a constituição, e refratário, composto pelos que a recusavam.
Em 1791, a Assembléia Nacional proclamou a Primeira Constituição da França, onde estabelecendo a monarquia constitucional, composta por três poderes: o Executivo, exercido pelo Rei; o Legislativo, exercido pelos deputados eleitos pelo voto censitário; e o Judiciário.
Com o voto censitário e as posteriores leis que proibiam greves e formação de associações de trabalhadores, a França transformou-se num Estado Burguês, em que se eliminaram todos os privilégios aristocráticos substituindo-os por restrições econômicas à maioria da população. Separava-se assim, a burguesia do Terceiro Estado.
No interior da Assembléia Nacional, implantou-se uma disputa crescente entre grupos políticos, principalmente girondinos e jacobinos. Os girondinos, cujo nome derivava do fato de a maioria de seus membros vir da religião de Gironda, sul e sudeste da França, formavam uma facção que representava a grande burguesia. Os jacobinos, cujo nome originou-se do clube onde se reuniam parisienses revolucionários, no convento dos fades jacobinos (dominicanos), no início faziam parte da ala moderada. Mas a partir de 1792, transformaram-se no principal elo entre os membros radicais da Assembléia e o movimento popular, que ganhava cada vez mais força nas ruas. Foi a partir de então que o termo jacobino passou a representar uma posição política radical. Outros agrupamentos políticos representados na Assembléia eram os cordeliers (camadas mais baixas) e os feuillants (burguesia financeira).
À medida que avançavam e se consolidavam as medidas revolucionárias, a nobreza tornava-se cada vez mais acuada e boa parte migrava para o exterior, os emigrados, buscando apoio externo para restaurar o Estado Absoluto. As vizinhas potências absolutistas apoiavam esses movimentos, pois temiam a irradiação das idéias revolucionárias francesas para seus países. Alegando a necessidade de se restaurar a dignidade real da França, na Declaração de Pillnitz, esses países ameaçaram a França de intervenção. Numa conspiração contra revolucionária, Luís XVI e sua família tentaram fugir para a Áustria, em junho de 1791, mas, presos na fronteira, na cidade de Varennes, foram reconduzidos a Paris.
Paralelamente, cresciam as dificuldades econômicas dos revolucionários, obrigando à intensa emissão de assignats, o que desencadeou a especulação de uma inflação desenfreada. Esse fato acirrou os ânimos revolucionários, com os sans-culottes exigindo medidas radicais. Enquanto isso, o exército absolutista, formado também pelos emigrados, marchava sobre a França, o que levou os jacobinos a proclamarem a “pátria em perigo” e fornecerem armas a população. Constituiu-se, assim, um exército popular, a Comuna Insurrecional de Paris, sob o comando de Marat, Danton e Robenspierre, que fez frente ao exército dos emigrados e prussianos, contido às portas de Paris, na batalha de Valmy. O Rei foi acusado de traição ao país por colaborar com os invasores, e os revolucionários proclamaram a República.
Convenção Nacional.
A Assembléia Nacional Constituinte, transformada, por sufrágio universal, em Convenção Nacional, assumiu o governo em 20 de setembro de 1792. Nas uniões, à direita, ficavam os deputados girondinos, que desejavam consolidar as conquistas burguesas, estancar a Revolução e evitar a radicalização. Ao centro ficavam os deputados da Planície ou Pântano, assim denominados por agruparem-se na parte mais baixa, que eram os elementos da burguesia sem posição política previamente definida. À esquerda, formando o partido da Montanha, pois colocavam-se na parte mais alta do edifício, ficavam os representantes da pequena burguesia jacobina, que liderava os sans-culottes, defensores de um aprofundamento da Revolução. O conflito entre as facções políticas se agravava à medida que cresciam as dificuldades econômicas e militares. É desse período que herdamos o uso das expressões esquerda e direita, quando nos referimos a posições sociopolíticas progressistas e conservadoras, respectivamente.
No primeiro período da Convenção, liderado pelos girondinos, foram descobertos documentos secretos de Luís XVI, no palácio das Tulherias, que provavam seu comprometimento com o imperador da Áustria. O fato acelerou as pressões para que o Rei fosse julgado como traidor. Na Convenção, a Gironda dividiu-se alguns optaram por um indulto, outros pela pena de morte. A montanha, reforçada pelas manifestações populares, exigia a execução do Rei, indicando o fim da supremacia girondina na Revolução.
Em 21 de janeiro de 1793, Luís XVI foi guilhotinado na Praça da Revolução. Vários países europeus, como Áustria, Prússia, Holanda, Espanha e Inglaterra, indignados e temendo que o exemplo francês se refletisse em seus territórios, formaram a Primeira Coligação contra a França. Encabeçando a Coligação, a Inglaterra financiava os grandes exércitos continentais para conter a ascensão burguesa da França, seu potencial concorrente nos negócios europeus.
As dificuldades se avolumavam: a ameaça externa se somava à crise econômica, às divisões políticas, às insatisfações gerais e até aos levantes anti-republicanos regionais, como a revolta de Vendéia, no oeste da França. Em 2 de junho de 1793, os jacobinos, comandando os sans-culottes, tomaram a Convenção, prendendo os líderes girondinos, Marat, Hébert, Danton, Saint-just e Robenspierre assumiram o poder, dando ínicio ao período da Convenção Montanhesa.
O Calendário Revolucionário: O governo popular da Convenção adotou um novo calendário, o Republicano, que tinha inicio em 22 de setembro. Introduzido oficialmente em 1793, eram dividido em doze meses de tinta dias cada, os cinco dias que faltavam para completar os 365 dais anuais eram feriados públicos, chamados de “dia dos sans-culottes”. Os meses ganharam nomes relacionados aos ciclos agrícolas e da natureza.
Devido ao predomínio da atuação popular, esse período caracterizou-se por ser o mais radical de toda a Revolução Francesa. Em 1793, foi aprovada nova constituição, a Constituição do Ano I, enfatizando o sufrágio universal e a democratização. O governo jacobino dirigia o país por meio do Comitê de Salvação Pública, responsável pela administração e defesa externa do país, de início comandada por Danton, seu criador. Abaixo, vinha o Comitê de Salvação Nacional, que cuidava da segurança interna, e a seguir o Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da Revolução.
Durante o governo montanhês, a radicalização política chegou ao auge, levando grande número de pessoas à guilhotina, sob a acusação de partidarismo real. Quando, em julho de 1793, Marat, o ídolo dos sans-culottes, foi assassinado por uma girondina, Charlote Corday, os ânimos se exaltaram. Considerado excessivamente moderador, Danton foi substituído por Robenspierre e expulso do partido. Tinha início o Terror, caracterizado pela execução de milhares de pessoas acusadas de serem contra-revolucionárias: de Maria Antonieta de Áustria, que teve sua cabeça cortada, na Praça de La Concorde, às doze horas e quinze minutos da quarta-feira, 16 de outubro de 1793, passando por elementos participantes da Revolução, como os girondinos, e depois até mesmo jacobinos.
O Terror: O período de setembro de 1793 a julho de 1794 caracterizou-se por violentas ações contra inimigos do governo revolucionário. “O simples fato de ser ‘denunciado’, quer por motivos justos, quer por animosidade pessoal, tornou-se praticamente o bastante para assegurar a execução, principalmente na guilhotina. [...] tem-se calculado o número total das pessoas julgadas e condenadas durante o período do Terror em cerca de dezessete mil de pessoas, só em Paris, duas mil e quinhentas; se acrescentarmos a esse o número das execuções sem julgamento, morte nas prisões, etc., o total final poderá cifrar-se entre trinta e cinco e quarenta milhares de mortos. Destes, apenas 15% pertenciam ao Clero e à Nobreza, cabendo uns 85% à burguesia, ao campesinato e aos trabalhadores das cidades”
Administrativamente, o governo montanhês adotou medidas que favoreciam a população, como a Lei do Preço Máximo, que tabelava os preços dos gêneros alimentícios, a venda ao publico, a preços baixos, de bens da igreja e de nobres emigrados, a decretação da abolição da escravidão nas colônias, o fim de todos os privilégios, a criação do ensino publico gratuito, etc. O novo governo montanhês se empenhou também em acabar com a supremacia da religião católica, e de seu clero, desenvolvendo um culto revolucionaria fundado na razão e na liberdade. A catedral de Notre Dame, em Paris, por exemplo, transformada no “Templo da Razão”.
As cisões entre revolucionários dentro da Convenção, entretanto, desagradavam o poder dos jacobinos. Havia os radicais que pregavam a intensificação da violência e os que desejavam conter a Revolução e acabar com as prisões e execuções. O primeiro grupo era o dos radicais, liderados por Hébert; o segundo era o dos indulgentes, liderado por Danton. Robenspierre ordenou a execução de ambos, perdendo parte do apoio popular ligado especialmente a Danton.
As dificuldades econômicas e militares com a constante ameaça de invasões estrangeiras, somadas à insegurança da população provocada pelas sucessivas execuções, levaram Robenspierre a perder progressivamente o prestígio como líder nacional. Ao que parece, Robenspierre enredara-se nas contradições Revolução, sem vislumbrar o projeto factível para um governo à esquerda da burguesia inviabilizando a prática de máxima política que ensinara: “Antes de se pôr a caminho é preciso saber aonde se quer chegar e os caminhos que se deve trilhar”.
Aproveitando-se disso e, em 27 de julho de 1794, retomou o poder na Convenção, derrubando os líderes da Montanha. Quase sem apoio, os jacobinos não puderam reagir eficazmente a Robenspierre e Saint-just, entre outros, foram guilhotinados. Os representantes do Pântano, a anta burguesia girondina, assumiram então, o comando da Revolução. O golpe do termidor, que devolvia o governo revolucionário à burguesia, foi chamado de Reação Termidoriana.
A Convenção Termidoriana foi curta, de 1794 a 1795, mas permitiu a reativação do projeto político burguês, com a anulação de várias decisões montanhesas, como a Lei do Preço Máximo e o encerramento da supremacia do Comitê de Salvação Pública, buscando controlar os sans-culottes, assaltando os clubes republicanos.
Em 1795, a Convenção elaborou uma nova constituição, a Constituição do Ano III, que restabelecia o critério censitário para as eleições legislativas, marginalizando, assim, grande parcela da população. O poder executivo seria exercido por um Diretório, formado por cinco membros eleitos deputados.
Diretório.
O Diretório caracterizou-se pela supremacia girondina, que sofria oposição dos jacobinos, à esquerda, e dos realistas, que desejavam o retorno dos Bourbons, à direita. Enfrentou levantes populares internos e a continuidade das ameaças estrangeiras. Em 1795 e 1797, houve golpes realistas. Em 1796, ocorreu a Conspiração dos Iguais, um movimento dos sans-culottes, liderado por “Graco” Babeuf. Externamente, entretanto, o exército francês acumulava vitórias contra as forças absolutistas da Espanha, Holanda, Prússia e reinos da Itália, que, em 1799, formaram a Segunda Coligação contra a França revolucionária.
Em todos esses levantes destacou-se a figura de Napoleão Bonaparte, militar brilhante e habilidoso. Necessitando garantir-se e consolidar a República burguesa contra as ameaças internas, os girondinos desfecham um golpe contra o Diretório, com Bonaparte à frente. Foi o golpe de 18 de brumário (9 de novembro de acordo com o calendário revolucionário). O Diretório foi substituído por uma nova forma de governo, o Consulado representado por três elementos: Napoleão, o abade Sieyès e Roger Ducos. O poder, na realidade, concentrou-se em mãos de Napoleão, que ajudou a consolidar as conquistas burguesas da Revolução.
Em dez anos, de 1789 a 1799, a França passou por profundas modificações políticas, sociais e econômicas. A aristocracia do Antigo Regime perdeu seus privilégios, libertando os camponeses dos laços que prendiam os nobres e ao clero. Nas cidades desapareceram também as amarras feudais do corporativismo, que limitavam as atividades da burguesia, e criou-se um mercado de dimensão nacional. A Revolução Francesa foi a alavanca que levou a França do estágio feudal ao capitalista. E isso só foi possíveis a partir de mudanças sociais e políticas, sem dúvida a herança mais importante deixada pelos revolucionários franceses.
Considerações Finais.
No século XVIII, a França viveu um período de grande prosperidade, embora sua economia encontrasse predominantemente agrícola. De sua população estima-se que 80% vivia no campo. A prosperidade chegou ao fim por volta de 1778, quando uma crise começou a tornar evidente a precariedade da organização administrativa, política financeira, econômica e social do país.
Desde 1774 o país era governado por Luís XVI, distante dos interesses da população ele governava o país bem distante, no palácio de Versailles. Para manter o luxo do palácio e de seus membros eram cobrados vultosos impostos da população mais pobre e assim a insatisfação era crescente.
As desigualdades sociais e políticas tinham como causa um conjunto de fatores. Primeiramente, a sociedade estava dividida em três estados: o clero, a nobreza e
o povo. Os dois primeiros mantinham privilégios da época feudal como o direito de cobrar imposto. Além disso, eram isentos do pagamento de diversos tributos, ao contrario do povo que não tinha direito algum. Outro fator muito importante era a dificuldade de romper com o a economia agrária e programar a economia industrial, por causa dos grandes déficits provocados pelos gastos excessivos.
O terceiro estado (povo) era formado pela a maioria da população Francesa que reunia diferentes grupos sociais que literalmente mantinham, economicamente, a França.
A partir de 1785 os problemas aumentaram, o governo faliu financeiramente, grande onda de desemprego, além disso, um rigoroso inverno destruiu a safra deixando toda a França faminta e revoltada.
Para solucionar a grave crise econômica, o rei Luís XVI viu-se obrigado a criar novos tributos para o terceiro estado, ou acabar com a isenção tributária do primeiro e segundo estado. Sentindo seus privilégios tradicionais ameaçados, a nobreza e o clero se revoltaram em 1787, e pressionaram o rei para que convocasse a assembléia dos Estados Gerais. O objetivo era obrigar o terceiro estado a assumir os tributos. O sistema de votação era feito da seguinte forma: Cada ordem social tem direito a apenas um voto. Dessa maneira o clero e a nobreza somaram dois votos e o terceiro estado continuava sem voz ativa dentro do estado.
O terceiro estado não concordou com a maneira de votação e logo começou o conflito direto com o clero e a nobreza. Assim paralisou os trabalhos.
Em 17 de junho de 1789 os representantes do terceiro estado se reuniram e se revoltaram proclamando a Assembléia Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar uma constituição para a França.
O rei ordenou o fechamento da Assembléia Nacional Constituinte, mas o terceiro estado, com o apoio da burguesia, não desistiu e permaneceram reunidos até a elaboração de uma nova constituição para o país. Luís XVI tentou reagir organizando tropas de combate, mas os revoltosos continuaram através do slogan: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. No dia 14 de julho de 1789, os revoltosos tomaram a Bastilha, uma prisão que concentrava os prisioneiros que desrespeitavam a monarquia e era o símbolo do poder absoluto do rei. Além de libertar os prisioneiros, a multidão pegou as armas estocadas ali e saiu pela rua defendendo os ideais do terceiro estado.
Reconhecendo que era praticamente impossível deter a revolução, o rei Luís XVI foi obrigado a reconhecer a legitimidade da Assembléia Nacional Constituinte. Em quatro de agosto de 1789, a Assembléia Aboliu o regime Feudal eliminando os direitos senhoriais sobre os camponeses, e acabou com os privilégios tributários do clero e da nobreza. No dia 26 foi proclamada a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que influenciou Grande parte da Europa e da América, onde começaram a prevalecer os princípios do liberalismo democrático.
Em 1790 a Assembléia Constituinte confiscou inúmeras terras da Igreja e subordinou o clero à autoridade do Estado. O Papa não aceitou as determinações da Assembléia, e os sacerdotes fiéis a ele viram-se entre duas opções: sair da França ou ficar e para lutar contra a revolução. Muitos, porém, acataram as novas leis francesas.
Quando foi concluída a Constituição em 1791, a França tornou-se uma monarquia constitucional, em que o rei perdia os poderes absolutos do antigo regime, não estando mais acima das leis. Ele deveria respeitar as ordens da constituição.
Alguns dos aspectos da constituição francesa eram: a igualdade jurídica entre todos os indivíduos. Extinguiam-se os privilégios hereditários da nobreza e do clero. completa liberdade de produção e de mercado. Garantia-se a não-interferência do estado na vida econômica. Proibiam-se as greves dos trabalhadores. Garantia-se a liberdade de crença religiosa, e etc.
A vitória da França deu nova força aos revolucionários. Em 22 de setembro os principais lideres políticos decidiram proclamar a republica. Proclamada a republica, a antiga assembléia foi substituída pela Convenção Nacional, que tinha como principal missão elaborar uma nova constituição para a França.
Nesse período, as principais forças do país eram os Girondinos, representava a alta burguesia defendia posições políticas moderadas, temendo que as camadas populares assumissem o controle da revolução. Eram favoráveis, por exemplo, à igualdade jurídica dos cidadãos, mas não uma igualdade econômica. Os Jacobinos, representavam à pequena e media burguesia e o proletariado de Paris. Defendia posições radicais. Queriam por exemplo, reduzir a imensa desigualdade econômica entre os franceses. E a Planície, que representava a burguesia financeira. Conforme suas conveniências, mudava de posição constantemente. Era oportunista, apoiando quem estava no poder.
Luís XVI foi levado a julgamento por traição a pátria. Foi condenado por conspirar contra a liberdade da nação e a segurança geral do estado em 21 de janeiro de 1793 o rei foi guilhotinado.
A execução do rei provocou emoção nos contra-revolucionários, reorganização das forças estrangeiras e revoltas internas. Para enfrentar ameaças os jacobinos criaram uma serie de órgãos encarregados da defesa da revolução. Entre esse órgãos destacam-se o Comitê de salvação publica, que era responsável pelo controle do exercito e da administração do país. Tribunal revolucionário, encarregado de vigiar e punir os traidores de causa revolucionaria. Esse tribunal foi responsável pela morte de, aproximadamente 40 mil pessoas na guilhotina.
Nesse período conhecido como fase do terror, o medo da guilhotina pairava entre os não jacobinos. Toda e qualquer pessoa suspeita podia ser presa e condenada como inimiga da revolução.
Instalou-se uma verdadeira ditadura dos jacobinos, sob a liderança de Robespierre. Esse para governar, procurava equilibrar-se entre as diversas tendências políticas, uma mais identificada com a burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares.
Durante seu governo, Robespierre conseguiu conter o ataque das forças estrangeiras. Aliviadas as tensões decorrentes da ameaça externa os girondinos e
o grupo da planície uniram-se contra o governo de Robespierre. Sem o necessário apoio popular, Robespierre foi preso em 27 de julho de 1794, sendo logo depois, guilhotinado. Chegando, assim, o final o regime do terror.
Com o fim do governo de Robespierre a convenção nacional passou a ser controlada por representantes da alta burguesia. A convenção decidiu, então, elaborar uma nova constituição para a França.
Concluída em 1795, essa constituição estabeleceu a continuidade do regime republicano, que seria, então, controlado pelo Diretório, órgão composto por cinco membros eleitos pelo legislativo. O Diretório teve um período de governo conturbado pelas oposições políticas tanto dos grupos monarquistas, que planejavam retornar ao poder, quanto dos grupos populares jacobinos, que também conspiravam contra o Diretório, nesse período um jovem general, Napoleão Bonaparte, adquiria prestigio político e militar reprimindo as rebeliões contra o governo e obtendo campanhas externas.
No dia 10 de novembro de 1799 (18 brumário pelo novo calendário instituído pela revolução) Napoleão, contando com o apoio de influentes políticos e certo prestigio popular, dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo, o Consulado. O papel de Napoleão foi de evitar uma possível ascensão ao poder de setores mais identificados, com o interesse das camadas populares ou dos antigos monarquistas. Com isso, Napoleão consolidou as conquistas da burguesia e abria caminho para o desenvolvimento capitalista francês, encerrando o ciclo revolucionário.
Bibliografia.
História Geral – Vincentino, Cláudio
Revolução Francesa párea Principiantes – McCroy, Robert. Martin & Moulder.
Maria Antonieta – Fraser, Antonia.
Introdução.
O trabalho refere-se ao período da Revolução Francesa, como um marco histórico do mundo contemporâneo. Quando se acabam os privilégios da nobreza, e inicia-se os privilégios do capital, sendo assim, é a troca dos privilégios do sangue pelos do privilégios do dinheiro.
O trabalho retrata a situação socioeconômica francesa. Aborda a Revolução como uma grande mudança de valores e regras de uma sociedade. Mostra o auge do poder concentrado e sua ruína.
A Revolução Francesa, segundo as fontes pesquisadas, foi consequência de uma cultura secular, que durante anos se arrastava próxima ao final, sem que se desconfiasse. E quando de repente estoura-se a Revolução de 1793, tentou-se de todos os meios controlá-la, porém em vão.
A Revolução Francesa foi o fim de um Estado e o começo de outro, uma troca de valores completamente contraditórios, onde um sujeito valia pela sua renda, e não pela descendência.