__Aldo, você vem se deitar?
__Já vou Regina, apenas espere um momento.
Aldo preparou dua doses de wisky, colocou-as sobre uma bandeija ao lado de um cinzeiro de cristal, no qual haviam varios comprimidos.
Deixou a bandeija a esperar e foi ao banheiro. Preparou a espuma de barbear, passou pelo seu rosto, os olhos vermelhos, como se fossem duas rozas sobre a neve que era a espuma de barbear. Pegou a lâmina e passou-a sobre a superfície do pescoço, um caminho rosado se abriu por entre a espuma branca, e foi aumentando conforme deslizava a lâmina pelo pescoço, abaixo do queixo, nas bochechas.
Ao terminar, pegou sua lata de brilhantina e um pente, lambuzou sua mão e massageou os cabelos, que já lhe faltavam no alto da testa, e com o pente puxou-os para tráz, tão elegante quanto podia estar.
Foi para a sala, onde a bandeija o esperava sobre o aparador, ignorou-a e foi direto ao telefone, puxou o gancho e pos se a escutar a voz da telefonista, ficou ainda alguns instantes, até que disse:
__Ligue-me com o número...
E esperou, até que uma voz feminina na linha o chamou:
__Pois não?
__Celina?
__Pai?
__Celina minha filha-disse com a voz embargada- Celina, o pai vai viajar, ele vai ficar fora, por favor não se esqueça dele, e não deixe de amar..
__Mas pai, e as suas coisas, você tem que avisar a mãe, e a Cidinha, venha se despedir, embora fique fora por pouco tempo, sabe como a Cidinha fica quando você sai.
__Celina, o pai não pode ir pra casa agora, mande um beijo a todas, e diga que as amo muito, assim como amo você. Por favor, não me odeie Celina, o pai te ama muito.
E deixou o gancho cair. Com as feições ja meio pálidas, Aldo pegou a bandeija e levou-a para o quarto, onde Regina o esperava.
Tirou suas roupas e colocou-as dobradas sobre uma cadeira, nu, deitou-se na cama junto a Regina, que também estava nua.
__Você está pronta?
__Sim.
__Sabe que não tem que fazer isso. Por favor, vá embora, deixe-me só. Não quero ser o responsavel pela sua...
__Aldo, meu amor, eu quero. Eu quero tanto quanto você, não me negue isso.
E beijou-o na testa.Aldo encarou-a, com lágrimas contidas e um sorrizo reprimido, lágrimas das quais Regina não pode conter e escorreram sobre suas bochechas.
Aldo pegou os copos, entregou um a Regina, e o outro entornou. Pegou o cinzeiro, e,seguido por Regina, mergulhou a mão nos comprimidos. Levou-a cheia a boca, e engoliu as capsulas. Repetiu o gesto ainda algumas vezes, e deitou sua cabeça no travesseiro. Com as mãos de Regina presas nas suas, já não sentia o calor delas, Aldo permaneceu olhando-a com o mesmo sorrizo contido, esta deixou que uma lágrima rolase.
Aldo permaneceu naquela posição, encarando-a com amor, olhando para seus olhos verdes, até que o que era um mar verde se tornou negro, negro e inconsciente.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
uau =DDD
É o meu bisavô
eu ja disse que vou casar com você, nao é?
e eu ja disse que vou aceitar, né?
eu ia dizer, que mais uma vez, seu texto é sádico.
mas mudei de idéia pra dizer: vcs são muito cuti-cuti
ahahahahahhahahahahahhaha
loucamente eu ri.ahahhhahahahahhahaha
Postar um comentário