Antonia lançou o pedaço de pão na água, e no instante seguinte ja podia vê-lo desaparecer, e em seguida o movimento circular na água, causado pelo impacto.
Lançou ainda mais alguns, e parou a olhar o céu nublado. Levantou-se do banco, pegou sua bolsa e guardou o grande pedaço de pão em uma sacola, guardou sua edição de manon lescault em sua bolsa e saiu.
Caminhava de volta para sa casa, mas resolveu parar um pouco, quis assistir as crianças brincarem no parquinho. Uma menininha loira corria pra sua mãe com um girasol na mão, suas bochechas vermelhas denunciavam sua excitação. No escorregador um menino de pé gritava, proclamava a sua soberanidade ao mundo, enquanto as outras crianças esperavam, já amontoadas na escadinha, pela sua vez de escorregar.
"Não demora muito eu já saberei o sexo...Se menina, chamará Augusta, se menino, Luís...Não demora muito, vai estar brincando aqui, junto com todas essas crianças."
Pousou a mão no ventre, já levemente inchado, e sorriu. Após longos e deleitados quinze minutos se levantou e seguiu por seu caminho. Caminhava lentamente, o vento fraco jogando seus cabelos nos olhos, podia já sentir algumas gotas fracas,"não demora muito já estou em casa, não me molharei". Imaginava as mães pegando suas crianças, que com as mãos sujas de terra choravam e esperneavam por ter de ir embora, sorriu mais uma vez.
Os pingos caiam mais fortes, resolveu correr, a pista estava molhada, e escorregadia, mas continuou correndo, corria com o rosto tampado, as mãos a protejer os olhos dos pingos. Antonia não pode ver quando um carro a atropelou, só pode sentir o impacto e o sangue escorrendo pelas pernas.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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6 comentários:
coitada...ela nao merecia...
você é muito sádico, pedro.
e esquecido. (referindo-me a não ter me mandado o link do juanson)
pouts desculpa, mando agora mesmo
gaetaninho! HAHAH
oi?
pergunta pra stella, ela sabe.
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