segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cotidiano.

Eu vivi isso faz alguns dias e resolvi escrever aqui.

Uma menininha, branca como como a islandia, cabelos pretos e os olhos de céu dizia "mas não está doendo nada", e sua mãe respondeu, " não está doendo nada mas vai ter que tomar gotinha assim mesmo.
No shopping, uma menina comemorava para sua mãe, por ter marcado um ponto em uma áquina qualquer
Dois garotos se divertiam jogando traques nos pés dos transeuntes.
No ônibus, um homem sozinho,parecia conformado porque provavelmente morreria e seu corpo seria descoberto depois de muito tempo por um vizinho qualquer, incomodado pelo cheiro.
Na vitrine, uma noiva que não podia se casar, pois havia perdido os dedos da mão esquerda.
Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha parede, não tinha porta não tinha nada. Mas era feita com muito esmero, na avenida Ruy Barbosa, número 1056.
O dono de um restaurante reclamava com a uma mulher da padaria dos seus clientes.


Um homem parecia querer ser notado, seja pela sua relativa boa aparencia, ou por seus acesos con stantes de tosse.
Um cão atravessava a faixa de pedestres com toda a pouca dignidade que conseguiu juntar estampada no rosto.
Foi a primeira vez que tive de ficar de pé em um ônibus lotado, uma mulher que está sentada faz o sinal da cruz o passarmos pela catedral.
Uma senhora reclama por seu respeitado esposo não te-la chamado para sair descer do ônibus.
No cruzamento, um motorista parou seu ônibus de atravessado, a obstruir o caminho de dois sentidos diferentes, para dar um sermão a um motoqueiro imprudente.
Uma senhora bate sua mão em meu ombro e pede desculpas, eu lhe digo que não haia sido nada, algum tempo depois eu retribuo pisando-lhe o pé, peço-lhe desculpas, ela usa as esmas palavras que eu, ao me responder.
No ônibus todos falavam alto, parecia-se com uma sinfonia de superfluosidades.
Aquele velho frio na barriga por medo de ter pego o ônibus errado não toma mais meu corpo.
No chão haviam marcas de uma brincadeira de amarelinha abandonada.
Na tentativa de matar um rato a chumbo, meus cães quase morreram.
Trancado no meu quarto, o tédio parece galopar.

2 comentários:

I.R.N disse...

"Indo pro trabalho ou voltando para o lar, com o ônibus lotado sentindo o tempo passar."

Pedro Paiva. disse...

eu não trabalho =-S