"Não sei".
Foi a simples frase que Juliân formulou enquanto pensava sobre o que seria daquele momento em diante.
Considerou todo o seu mundo, suas vontades, sua realidade, seus motivos, e então chegou à simples conclusão.
Juliân, há tempos, sentia-se triste, em verdade não triste, apenas inerte.
Como um basta às suas conclusões e pensamentos, levantou-se de sua cama e rumou para a cozinha, onde tomou alguns compridos. Comprimidos os quais o distraíam, e sem os quais raramente passava. Tomou alguns goles de água, e saiu para a rua.
Andou por algum tempo, e decidiu por parar em uma esquina qualquer, onde voltou a pensar.
Todas as mudanças pelas quais passara, todas as resoluções.
Todos ao seu redor estranharam. Sua mãe passara dias chorando, pois não compreendia porque seu pequeno filho não falava mais. Seus amigos estranharam o fato Juliân estar cada vez mais magro e abatido. Ninguém mais se encontrava confortável. Todos estavam preocupados, e apenas Juliân se mantinha impassível.
Juliân se resolvera por calar, porque assim não precisaria mais pensar. Essa exclusão era, para ele, como uma forma de se manter inatingível, e embora todos estivessem descontentes com essa resolução, Juliân se mantinha resolvido por continuar calado.
Durante o tempo em que permaneceu sentado na esquina, já escura, Juliân resolveu finalmente pensar, e até começou a falar. Sentia-se cada vez pior, não podia mais controlar, começara a remoer as causas, agora teria de enfrentar a dor e terminar de contá-las.
E era assim, sempre assim, a dor imensa que Juliân sentia fazia com que cada vez mais se calasse... Era seu refúgio, pois enquanto não falava, não precisava pensar... Não precisava conceituar. Era mais fácil. Juliân preferia encontrar-se inerte e silencioso, morto, a encontrar-se triste, vulnerável.
--Quando voltar, eu digo o que aconteceu com Juliân. Por certo tempo, ausento-me.
Como disse, estou escrevendo cada vez pior, motivo suficiente para esquecer blog.
Tchau.=-)
quinta-feira, 25 de março de 2010
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3 comentários:
Quem é vivo sempre aparece - digo a mim mesma.
Nao acho que esteja escrevendo cada fez pior... são apenas reflexos de dias inertes, de incógnitas à serem resolvidas.
O que escreve Pedro, reflete o que você é. Pode nao estar visível no momento, por que sao coisas como sonhos que temos que interpretar. E eles nem sempre traduzem-se ao pé da letra.
Mas isso com o tempo, nós todos saberemos resolver e julgar.
É a minha visao.
você a unica exceção. a única exceção que olho e vejo confiança e amor. vai ver é por que foi o primeiro, e vocÊ não tem motivos, para se deixar levar pela tristeza, por que vocÊ é o motivo da minha felicidade. eu o quero bem e em paz.
Como eu, Isabela Mele Rescala, já tive esta ideia em mente, corpo e alma, digo-lhe:
Pense.
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